Waldez Ludwig

sábado, 1 de maio de 2010

Jovem Pan: Brasília é cidade a se construir, diz professor


O chefe do Departamento de História da UnB, José Otávio Nogueira Guimarães, fez um resumo sobre a trajetória de Brasília, que completa 50 anos nesta quarta-feira. Em entrevista à Jovem Pan, o professor lembra que a cidade foi pensada e idealizada em um momento importante no país, quando se dava um passo grande para sua modernização.

“Brasília foi uma grande ideia e que continua em curso, continua inacabada. É um canteiro em construção. Sou daqueles que pensa que Brasília foi uma boa ideia. Tenho essa tese de que a dívida externa para a construção da cidade não foi determinante para a economia do Brasil, nem tenha causado grandes estragos”, ressaltou, lembrando que a capital federal ainda é uma “cidade a se construir”.

José Otávio Nogueira Guimarães também comentou que a corrupção não é típica de Brasília. “É preciso mudar a ideia de que a cidade idealizada por Juscelino Kubitschek é a capital da corrupção. Provavelmente as práticas de corrupção aconteceram quando a capital era no Rio de Janeiro e Salvador. Acho que a corrupção não está em Brasília. É um problema endêmico e tem a ver com nossas elites políticas, que não são necessariamente de Brasília”, reiterou.

Ouça a entrevista de José Otávio Nogueira Guimarães concedida a Anchieta Filho no Jornal da Manhã.

As idades dos homens explicadas com aviões.



O Homem até os 20 anos:
Avião de Papel
Apenas voos rápidos, de curto alcance e duração.


Dos 20 aos 30:
Avião de Caça Militar
Sempre a postos, 7 dias por semana. Ataca qualquer objetivo.
Capaz de executar várias missões, mesmo quando separadas por curtos intervalos de tempo..


Dos 30 aos 40:
Aeronave Comercial de voos regionais
Mantém horários regulares.
Destinos bastante conhecidos e rotineiros.
Os voos nem sempre saem no horário previsto, o que demanda mudanças e adaptações que irritam a clientela.


Dos 40 aos 50:
Aeronave Comercial de voos internacionais
Opera em horário de luxo.
Destinos de alto nível.. Voos longos, com raros sobressaltos.
A clientela chega com grande expectativa; ao final, sai cansada, mas satisfeita.


Dos 50 aos 60:
Aeronave de Carga
Preparação intensa e muito trabalho antes da descolagem.
Uma vez no ar, manobra lentamente e proporciona menor conforto durante a viagem.
A clientela é composta maioritariamente por malas e bagulhos diversos.


Dos 60 aos 70:
Asa Delta
Exige excelentes condições externas para alçar voo.
Dá um trabalho enorme para decolar e, depois, evita manobras bruscas para não cair antes da hora.
Após a aterragem, desmonta e guarda o equipamento.


Dos 70 aos 80:
Planador
Só voa eventualmente e com auxílio.
Repertório de manobras extremamente limitado.
Uma vez no chão, precisa de ajuda até para voltar ao hangar.


Depois dos 80:
Aeromodelo.
Só enfeite.

"Serra ou Dilma? A Escolha de Sofia"

O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que serão governados pelos que se interessam."

Arnold Toynbee

Como vocês sabem, a escolha de Sofia é a história de uma mãe judia no campo de concentração nazista de Auschwitz, que é forçada por um soldado alemão a escolher entre o filho e a filha - qual será executado e qual será poupado. Se ela se recusasse a escolher, os dois seriam mortos. Ela escolhe o menino, que é mais forte e tem mais chances de sobreviver, porém nunca mais tem notícias dele.
A questão é tão terrível que o título se converteu em sinônimo de decisão quase impossível de ser tomada.

Envio para vocês um artigo escrito em final de 2009 pelo economista Rodrigo Constantino. Autor de 5 livros. Escreve a coluna "Eu e Investimentos" do jornal Valor Econômico. É também colunista do jornal O Globo. Membro-fundador do Instituto Millenium. Vencedor do prêmio Libertas em 2009, no XII Forum da Liberdade. Seu curriculum vai muito além, é extenso e respeitável.


"Serra ou Dilma? A Escolha de Sofia"

(por Rodrigo Constantino )
"Tudo que é preciso para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam." (Edmund Burke)

Agora é praticamente oficial: José Serra e Dilma Rousseff são as duas opções viáveis nas próximas eleições. Em quem votar? Esse é um artigo que eu não gostaria de ter que escrever, mas me sinto na obrigação de fazê-lo.
Os antigos atenienses tinham razão ao dizerem que assumir qualquer lado é melhor do que não assumir nenhum?”
Mas existem momentos tão delicados e extremos, onde o que resta das liberdades individuais está pendurado por um fio, que talvez essa postura idealista e de longo prazo não seja razoável. Será que não valeria a pena ter fechado o nariz e eliminado o Partido dos Trabalhadores Nacional-Socialista em 1933 na Alemanha, antes que Hitler pudesse chegar ao poder? Será que o fim de eliminar Hugo Chávez justificaria o meio deplorável de eleger um candidato horrível, mas menos louco e autoritário? São questões filosóficas complexas. Confesso ficar angustiado quando penso nisso.

Voltando à realidade brasileira, temos um verdadeiro monopólio da esquerda na política nacional. PT e PSDB cada vez mais se parecem. Mas existem algumas diferenças importantes também. O PT tem mais ranço ideológico, mais sede pelo poder absoluto, mais disposição para adotar quaisquer meios – os mais abjetos – para tal meta. O PSDB parece ter mais limites éticos quanto a isso. O PT associou-se aos mais nefastos ditadores, defende abertamente grupos terroristas, carrega em seu âmago o DNA socialista. O PSDB não chega a tanto.

Além disso, há um fator relevante de curto prazo: o governo Lula aparelhou a máquina estatal toda, desde os três poderes, passando pelo Itamaraty, STF, Polícia Federal, as ONGs, as estatais, as agências reguladoras, tudo! O projeto de poder do PT é aquele seguido por Chávez na Venezuela, Evo Morales na Bolívia, Rafael Correa no Equador, enfim, todos os comparsas do Foro de São Paulo . Se o avanço rumo ao socialismo não foi maior no Brasil, isso se deve aos freios institucionais, mais sólidos aqui, e não ao desejo do próprio governo. A simbiose entre Estado e governo na gestão Lula foi enorme. O estrago será duradouro. Mas quanto antes for abortado, melhor será: haverá menos sofrimento no processo de ajuste.

Justamente por isso acredito que os liberais devem olhar para este aspecto fundamental, e ignorar um pouco as semelhanças entre Serra e Dilma. Uma continuação da gestão petista através de Dilma é um tiro certo rumo ao pior. Dilma é tão autoritária ou mais que Serra, com o agravante de ter sido uma terrorista na juventude comunista, lutando não contra a ditadura, mas sim por outra ainda pior, aquela existente em Cuba ainda hoje. Ela nunca se arrependeu de seu passado vergonhoso; pelo contrário, sente orgulho. Seu grupo Colina planejou diversos assaltos. Como anular o voto sabendo que esta senhora poderá ser nossa próxima presidente?! Como virar a cara sabendo que isso pode significar passos mais acelerados em direção ao socialismo “bolivariano”?

Entendo que para os defensores da liberdade individual, escolher entre Dilma e Serra é como uma escolha de Sofia.Anular o voto, desta vez, pode significar o triunfo definitivo do mal. Em vez de soco na cara ou no estômago, podemos acabar com um tiro na nuca.

Dito isso, assumo que votarei em Serra. Meu voto é anti-PT acima de qualquer coisa. Meu voto é contra o Lula, contra o Chávez, que já declarou abertamente apoio a Dilma. Meu voto não é a favor de Serra. E, no dia seguinte da eleição, já serei um crítico tão duro ao governo Serra como sou hoje ao governo Lula. Mas, antes é preciso retirar a corja que está no poder. Antes é preciso desarmar a quadrilha que tomou conta de Brasília. Só o desaparelhamento de petistas do Estado já seria um ganho para a liberdade, ainda que momentâneo.
Respeito meus colegas liberais que discordam de mim e pretendem anular o voto. Mas espero ter sido convincente de que o momento pede um pacto temporário com a barbárie, como única chance de salvar o que resta da civilização - o que não é muito.

sexta-feira, 30 de abril de 2010