Waldez Ludwig

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

ANAC aperfeiçoa vigilância de planos de voo

Brasília, 06 de dezembro de 2011 - A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) está aprimorando o sistema Decolagem Certa (DCERTA), ferramenta que permite a vigilância continuada dos planos de voo e faz do Brasil o único país do mundo a possuir fiscalização prévia de suas rotas.
A partir deste mês, o sistema DCERTA fará o envio automático de e-mail ao piloto solicitante com a autorização do trecho cadastrado, a aeronave utilizada e os aeródromos de origem e destino. A mesma comunicação será enviada ao operador da aeronave. Além disso, a ANAC hospedará um link em seu site na qual todo piloto terá acesso ao histórico dos voos realizados.
Com essas medidas, a Agência vai aumentar ainda mais a segurança das operações aéreas para evitar que algum piloto utilize fraudulentamente o registro de outro aviador.
Ao receber o e-mail automático, o piloto poderá confirmar suas rotas. Se algum trajeto registrado com seu código não foi efetuado por ele, o piloto deverá informar à ANAC, para permitir que a Agência adote as providencias cabíveis. Se a fiscalização identificar que o piloto deixou de comunicar a divergência, o aviador será penalizado na esfera administrativa e criminal.
Os pilotos também poderão checar periodicamente seu histórico de voos, por meio de relatório disponível no site da ANAC. Essa ferramenta tem o mesmo objetivo do e-mail automático e também permitirá que o aviador, após a checagem, tenha ciência dos voos cadastrados com seu código no sistema DCERTA. Se algum deles não estiver de acordo com os trechos realizados, o piloto também deverá comunicar o fato à ANAC, para não correr o risco de ser autuado.

Para 2012, está prevista a implantação de mais um mecanismo de segurança no sistema, a identificação positiva da tripulação, que só irá permitir o cadastro e a autorização do voo mediante senha individual e intransferível de cada piloto. A concessão da senha a outro piloto para realizar o cadastro do voo é passível de sanções.

A ANAC esclarece que todos os dados informados no sistema são de responsabilidade do piloto e, caso ocorram fraudes nas informações, o piloto responsável responderá criminalmente e também sofrerá sanções aplicadas pela ANAC, que vão de suspensão de habilitação ao recebimento de multas.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Aeroporto de Viracopos deve se tornar o mais movimentado do país


Até 2025, Campinas deve receber 55 milhões de passageiros/ano.
Serão investidos R$ 9,9 bilhões em 30 anos de concessão.

Fábio AmatoDo G1, em Brasília

O aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), deve se tornar o mais movimentado do Brasil a partir de 2025, aponta projeção da Secretaria de Aviação Civil (SAC). Até 2021, o movimento em Viracopos deverá ser de 35 milhões de passageiros. Nos anos seguintes, de acordo com a projeção, o movimento dispara até chegar em 55 milhões de passageiros em 2025 e superar o registrado em Guarulhos, também em São Paulo, hoje, o principal do país.

Os números estão em apresentação feita nesta quinta-feira (13) pelo ministro da SAC, Wagner Bittencourt, após entregar ao Tribunal de Contas da União (TCU) os estudos técnicos, econômicos e financeiros para a concessão dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília. Só depois da análise do TCU é que o edital de concessão poderá ser publicado.

Ao final dos investimentos, aeroporto em Campinas terá quatro pistas, novo terminal de passageiros e estacionamento maior (Foto: Reprodução/Secretaria de Aviação Civil)Ao final dos investimentos previstos pelas concessionárias, aeroporto em Campinas terá quatro pistas, novo terminal de passageiros e estacionamento maior (Foto: Reprodução/Secretaria de Aviação Civil)

As empresas que vencerem os leilões de concessão dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília serão obrigadas a fazer investimentos iniciais, que somam cerca de R$ 4,2 bilhões, para atender aos passageiros que vão acompanhar no país a Copa de 2014. A informação foi dada na tarde desta quinta-feira (13) pela Secretaria de Aviação Civil (SAC).

A projeção aponta que o aeroporto de Guarulhos vai atingir sua capacidade máxima de movimentação, de 50 milhões de passageiros por ano, em 2021. Depois disso, o crescimento da demanda por voos na região será absorvido pelo aeroporto de Campinas que, diferente de Guarulhos, tem espaço para novas ampliações.

O secretário-executivo da SAC, Cleverson Aroeira, aponta que, apesar de ser ultrapassado por Campinas no movimento geral de passageiros, Guarulhos vai continuar sendo o principal aeroporto internacional do país.

Investimento
Entre os três aeroportos que serão leiloados, o de Campinas é o que deve receber o maior investimento após a concessão, aponta a Secretaria de Aviação Civil. Serão cerca de 9,9 bilhões num período de 30 anos de administração privada, contra R$ 5,2 bilhões em Guarulhos (20 anos) e 2,7 bilhões em Brasília (25 anos). O prazo de concessão em Viracopos é maior justamente por conta dos investimentos mais vultosos.

O aeroporto campineiro vai passar por uma completa transformação até 2041, quando se encerra a concessão. Serão construídas novas pistas de pouso e decolagem, que vão ampliar a capacidade local para mais de 500 mil movimentos de aeronaves por ano. Também serão erguidos novos terminais de passageiros.

R$ 4,2 bilhões para obras nos aeroportos
Na quinta-feira, a Secretaria de Aviação Civil também anunciou o valor que terá de ser investido pelas empresas que vencerem os leilões de concessão dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília. Elas serão obrigadas a fazer investimentos iniciais, que somam cerca de R$ 4,2 bilhões, para atender aos passageiros que vão acompanhar no país a Copa de 2014.

Esse valor inicial corresponde a 23,6% dos cerca de R$ 17,8 bilhões de investimentos em infraestrutura nova previstos para os três aeroportos durante todo o período de concessão (20 anos em Guarulhos, 25 em Brasília e 30 em Viracopos). O valor total dos investimentos havia sido apresentado mais cedo, quando a SAC entregou ao ribunal de Contas da União (TCU) os estudos técnicos, econômicos e financeiros para a concessão dos três aeroportos.

As obras iniciais terão que ficar prontas até o final de 2013, de acordo com a SAC. Só depois da análise do TCU é que o edital de concessão poderá ser publicado. Os valores não incluem gastos com manutenção e a operação dos aeroportos.

Entre os investimentos iniciais a que as concessionárias estarão obrigadas estão a construção do terceiro terminal de passageiros e um pátio com capacidade para 32 aeronaves no aeroporto de Guarulhos, o mais movimentado do país.

No aeroporto de Viracopos (Campinas), a vencedora do leilão terá que ampliar o terminal, que vai ganhar capacidade para mais 1.550 passageiros internacionais em desembarque e outros 1.500 em embarque nos horários de pico, além de um pátio para 35 aviões.

Já no aeroporto de Brasília, a empresa será responsável pela obra de ampliação do terminal para que absorva mil novos passageiros internacionais em desembarque, além de outros 1.200 embarcando em hora de pico. Também terá que construir novo pátio com espaço para 24 aeronaves.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

LARGA O OSSO Sarney!

Temos que nos preparar, se não, não haverá homenagem...

Grande político, honesto e progressista, elevou o Maranhão

ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do nível do Japão;

http://veja.abril.com.br/290409/imagens/brasil18.jpg

Estimulou o desenvolvimento do Maranhão e criou riquezas para todos:

http://veja.abril.com.br/290409/imagens/brasil21.jpg

Humilde e simples, até simplório, Sarney homenageou os

grandes maranhenses e reconheceu sua grandeza;

http://veja.abril.com.br/290409/imagens/brasil22.jpg

As crianças foram seu principal foco de governo.

Todas mereceram a devida atenção.

http://www.jornalpequeno.com.br/Fotos/JP21473.51432.A.jpg http://www.jornalpequeno.com.br/Fotos/JP21473.51432.B.jpg

O desprendimento deste homem foi uma das marcas de sua vida política.

Jamais almejou o poder pelo poder.

Apenas quis servir ao povo do Maranhão e do Brasil.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpg9wu0FGzjB6IljUyUv_ISTSgW8m7M82-H9eanUbe5Lz7o3Pjn0m6uK67jLjqgsF3BSx8RBn95pbESBFbcmJoPgOZhOLLbuU9ruHzPaE4_4d9fHprEAt4J_EM7A1KnSYvXPWAu0_n0tlm/s400/SarneyOsso.jpg

Com esse breve resumo, lançamos a

campanha LARGA O OSSO Sarney!!!!!!!.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Prezado amigo aeronauta

Tivemos a Audiência Pública na Comissão de Turismo da Câmara, onde o atual Relator do PL que modifica o Art, 158 do CBA, e poderá permitir a admissão de pilotos estrangeiros no Brasil, ouviu todos os argumentos dos representantes dos aeronautas.
Na Audiência pública todos os nossos representantes foram enfáticos em revelar os reais interesses por trás da modificação do Art, 158, assim como apontaram como solução, o incentivo para a formação de pilotos brasileiros, uma maior participação e apoio da ANAC e do Governo Federal nesse processo, assim como a melhoria das condições de trabalho para que os expats possam sentir-se atraídos em retornar ao Brasil.
A atuação do Deputado Otávio Leite foi fantástica em nossa defesa, assim como a de todos os representantes. Pela primeira vez vimos realmente a união em torno dos interesses dos aeronautas.

Embora eu não pudesse estar presente, o Dep. Otávio Leite me pediu para que mobilizasse a todos os amigos do Movimento Brasil Teu Céu é Nosso, e que mandássemos um e-mail para o Deputado Bruno Araújo - atual relator do PL6716/09 - solicitando que o CBA não seja modificado no que se refere ao Art, 158, e que mantenha o texto atual (somente instrutores e por 6 meses).

Amigos, está nas nossas mãos.

Mande para o Deputado Bruno Araújo
dep.brunoaraujo@camara.gov.br o seguinte texto:
Exmo. Sr. Deputado Bruno Araujo.

Solicito que o Art, 158 do Código Brasileiro de Aeronáutica não seja modificado, permanecendo inalterado o que está em vigor.

(coloque seu nome e RG)

Assine também o abaixo assinado:
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/9035

DIVULGUE PARA O MÁXIMO DE COLEGAS!


CMTE. MARCELO QUARANTA

MOVIMENTO
BRASIL TEU CÉU É NOSSO


APOIANDO A LUTA DO AERONAUTA BRASILEIRO

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Audiência Pública na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados

Prezado(a) Aeronauta,

Convido Vossa Senhoria para Audiência Pública na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados para debater a política de formação de pilotos civis e análise do mercado de trabalho atual, bem como, suas implicações no debate geral quanto ao turismo e à Política Nacional de Aviação, conforme Requerimento abaixo.


Data: 24/08/2011
Local: Plenário 05 - Câmara dos Deputados - Brasília / DF
Hora: 15h00

Atenciosamente,

Otavio Leite
Deputado Federal
PSDB/RJ



COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO – CTD

REQUERIMENTO

(Do Sr. Otavio Leite)


Requer Audiência Pública com convidados para discutir a política de formação de pilotos civis e análise do mercado de trabalho atual, bem como, suas implicações no debate geral quanto ao turismo e à Política Nacional de Aviação.

Senhor Presidente,

Requeiro, nos termos regimentais, ouvido o Plenário desta Comissão, a realização de Audiência Pública para discutir a política de formação de pilotos civis e análise do mercado de trabalho atual, bem como, suas implicações no debate geral quanto ao turismo e à Política Nacional de Aviação.

· Secretário Nacional da Aviação Civil;

· Diretor Presidente da ANAC;

· Representante do Instituto Toledo de Ensino – Faculdade de Ciências Aeronáuticas – São Paulo;

· Representante da Universidade Estácio de Sá – Faculdade de Ciências Aeronáuticas – Rio de Janeiro;

· Representante do Aeroclube do Brasil – Rio de Janeiro;

· Associação de pilotos e proprietários de aeronaves – APPA;

· Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil – SINPAC;e

· Representante do Movimento Ética na Aviação.


JUSTIFICAÇÃO

O Setor Aéreo Brasileiro vive um importante e delicado momento. A progressiva demanda que acompanha o crescimento econômico pede ações e investimentos urgentes. O número de vôos, aeronaves e passageiros que passam pelos aeroportos brasileiros aumenta a cada dia.

A Aviação Civil Comercial Brasileira necessita de incentivos do Poder Público. Pilotos nacionais temem a possibilidade de abertura do mercado de trabalho para pilotos de outras nacionalidades.

Nesse sentido, é extremamente oportuno debater a política de formação de pilotos civis como forma de alertar a sociedade sobre a relevância do setor, onde é imperativo garantir mais vagas a quem aspira seguir a carreira de piloto civil.

Assim, solicito apoio dos nobres colegas para aprovarmos o presente Requerimento para realização da Audiência Pública.

Sala da Comissão, junho de 2011.

Deputado Otavio Leite

PSDB/RJ

domingo, 7 de agosto de 2011

Sete Linhas Aéreas (Brasil)



A Sete Linhas Aéreas teve origem sua formação datada no ano de 1976 pelo Cmte. Rolim Amaro, ex-presidente da Tam Linhas Aéreas. Em 1980 o controle da empresa foi adquirido pelo Cmte. Luiz Villela e em 1985 adquiriu sua primeira aeronave turbo-hélice, um Mitsubishi. Em 1995 a empresa construiu um grande hangar no Aeroporto de Goiânia e em 1998 começou a prestar serviços aeromédicos. Em 1999 ingressou como empresa aérea operando com 3 Cessna 208 Caravan, que anteriormente voavam na Tam Express. Entre 2002 e 2002 outros dois Caravan chegaram a frota para dar continuidade ao seu plano de crescimento.
A empresa opera hoje em Altamira, Araguíana, Belém, Brasília, Carajás, Conceição do Araguaia, Confresa, Goiânia, Gurupi, Marabá, Minaçu, Ourilândia, Palmas, Redenção, Santana do Araguaia, São Félix do Araguaia e São Félix do Xingu. Com as linhas citadas transportou em 2010 um total de 36.303 passageiros, um recorde na empresa, com 34.5% de crescimento se comparado a 2009. O aproveitamento da empresa ficou em 62%, com 46% mais ofertas de assentos que no período anterior.






quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Gol formaliza compra da WebJet


ANA LUÍSA WESTPHALEN
DO VALOR ONLINE
DE SÃO PAULO


A Gol formalizou nesta terça-feira a compra da WebJet Linhas Aéreas, anunciada no começo de julho.

Conforme comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o contrato de compra e venda foi assinado na segunda-feira por representantes da VRG Linhas Aéreas, controladora da Gol, e pelos acionistas controladores da Webjet. Vale lembrar que a operação ainda depende do aval das autoridades governamentais.

À época da compra, a Gol estimou a Webjet em R$ 310,7 milhões, mas a venda ocorreu por R$ 96 milhões. A diferença (R$ 214,7 milhões) são dívidas.

A companhia espera ainda obter uma sinergia de custos de R$ 100 milhões em dois anos após a aprovação da compra da Webjet.

NEGÓCIO

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deverá determinar que a Gol e a Webjet assinem um acordo para garantir que as operações das duas empresas sejam mantidas separadas até a análise da fusão, informou reportagem da Folha no mês passado.

Pelo tamanho do negócio e pela exígua quantidade de concorrentes, a tendência é que o conselho exija a assinatura de um Apro (Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação).

Esse tipo de acordo é firmado em operações que incluem empresas com grande participação de mercado. Foi feito, por exemplo, na compra da Sadia pela Perdigão.

O documento é a forma de o conselho manter as duas empresas funcionando separadamente até a análise final.

No caso Gol/Webjet, a preocupação do Cade é com os slots (horários e locais para pouso e decolagem), ativos concorridos nos principais aeroportos do país. A incorporação dos slots da Webjet poderá dar um grande poder de mercado para a Gol.

A Gol passaria a ter 40,55% do mercado, ante 44,43% da TAM.

PREÇOS

A compra da Webjet não deve acarretar em aumento nos preços das tarifas da compahia, afirmou o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, no mês passado.

Analistas afirmaram, após o negócio, que a união das empresas poderia acarretar em um aumento de preços para os clientes Webjet --hoje com algumas das passagens mais baratas do mercado.

"O negócio não implicaria aumento de custos. Devemos ganhar eficiência e manter tarifas extremamente competitivas", afirmou Oliveira Jr. durante teleconferência.

Ele afirmou também que o acordo não deve gerar demissões de funcionários --ocorrência comum em casos de integração de companhias.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Mercado aéreo doméstico cresce 19,54% em junho, diz Anac


TAM manteve a liderança no mês com 41,68% do mercado interno.
Juntas, Gol e Webjet somam participação de 42,64% e superam a da TAM.

Do G1, em São Paulo

O grupo TAM (que compreende TAM e Pantanal) manteve a liderança no mercado aéreo doméstico em junho, com 41,68%, informou nesta terça-feira a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Gol/Varig ficou em segundo lugar, com 37,13% de market share contra 35,39% no mês anterior. As participações da Gol e da Webjet juntas, entretanto, representaram 42,64% da demanda, superando o mercado da TAM.

Segundo o relatório da Anac, a Azul teve 8,61% do mercado em junho, a Webjet , 5,51%, a Trip possui 3,24% e a Avianca, 2,94%.

No dia 8 de julho, a Gol anunciou acordo para comprar a Webjet em negócio de R$ 311 milhões. A aquisição está sujeita, entre outras condições, à realização de auditoria nas atividades e ativos da WebJet, e às aprovações das autoridades governamentais. Até a conclusão da venda, as operações das duas empresas seguirão de forma independente, sem previsão de mudanças estruturais ou de gestão.

Em maio, a soma do market share da Gol e da Webjet (40,55%) tinha sido menor do que a participação da TAM (44,43%) no mercado doméstico. No acumulado do semestre, entretanto, Gol e Webjet somam 42,89% (37,47% e 5,42%, respectivamente) do mercado doméstico, contra 42,67% da TAM.

Nas rotas internacionais operadas por empresas brasileiras, a TAM ampliou a liderança no setor e chegou a 90,57% do mercado em junho, segundo o relatório da Anac. A Gol/Varig possui 8,18% e a Avianca 1,25%.

Mercado doméstico cresce 19,54%
O tráfego aéreo de passageiros no Brasil cresceu 19,54% em junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto a oferta subiu 12,48%, informou a Anac. A taxa de ocupação dos voos no mercado doméstico atingiu 68,10%, contra 64,09% em junho de 2010. Em maio, a ocupação média tinha sido de 67,09%.

Já a demanda nos voos internacionais operados por empresas brasileiras cresceu 7,72% em relação a junho do ano passado. No mesmo período, a oferta de assentos aumentou 4,92%. A taxa de ocupação atingiu a marca de 77,66%.

Alta de 21,39% no semestre
No semestre, a procura por voos no mercado aéreo doméstico cresceu 21,39% em relação ao período de janeiro a junho do ano passado. A oferta aumentou 14,59% e a taxa de ocupação passou de 67,10% para 71,08%. Já nos voos internacionais operados por empresas brasileiras a demanda aumentou 18,95% em relação ao ano passado, enquanto a oferta cresceu 13,14%. A taxa de ocupação passou de 74,29% para 78,11%.

Falta de pilotos faz empresas aéreas 'repatriarem' e contratarem militares

Mundo precisará de mais 517,4 mil novos pilotos até 2030, diz organização.

Formação exige mais de R$ 80 mil, mas salários vão até R$ 30 mil por mês.

Tahiane StocheroDo G1, em São Paulo

pilotos (Foto: EJ Escola de Aviação/Divulgação)Empresas exigem experiência de pilotos
(Foto: EJ Escola de Aviação/Divulgação)

Faltam pilotos para aviões e helicópteros e a perspectiva para os próximos 20 anos não é nada boa, segundo a Organização Internacional de Aviação Civil (Icao). No Brasil, a demanda é tanta que companhias estão contratando pilotos recém-formados, ex-integrantes da Força Aérea Brasileira (FAB) e até “repatriando” brasileiros que foram para o exterior trabalhar, promovendo-os para voltarem aos céus do país.

Com a aviação civil comercial aquecida, a Icao aponta que, até 2030, serão necessários mais 517.413 pilotos no mundo – uma necessidade anual de 52.506 novos comandantes. Só no transporte de passageiros, a previsão é de que nos próximos 20 anos sejam necessárias mais 39.500 aeronaves circulando no planeta. Para isso, as companhias aéreas precisarão contratar mais 460 mil pilotos e 650 mil comissários e técnicos, segundo estudo da fabricante de aviões Boeing.

Em 2010, o número de pilotos contratados pelas companhias brasileiras aumentou 23% e o de passageiros transportados subiu 22%. “Algumas empresas já falam que, em três anos, haverá colapso de falta de pilotos, não só para linha áerea, mas também para táxi aéreo e aviação executiva”, diz Marcus Silva Reis, presidente do Conselho Nacional de Escolas de Aviação e coordenador do curso de ciências aeronáuticas da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro.

“O problema é que a aviação está crescendo em ritmo acelerado e não estamos formando pilotos, comissários e pessoal na mesma velocidade. As empresas estão disputando piloto a tapa”, acrescenta Reis.

Segundo ele, o alto custo para a formação e a demora na liberação de licenças são entraves para o crescimento da oferta de pessoal. Todo piloto que quiser ser remunerado precisa da licença de piloto comercial (PC), para a qual a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) exige pelo menos 200 horas de voo (veja tabela abaixo).

Como em um curso o aluno paga entre R$ 220 a R$ 750 por hora voada, a licença de PC não sai por menos R$ 80 mil, segundo pilotos ouvidos pelo G1. Hoje, são mais de 14,3 mil pilotos comerciais no país.

aviacao pilotos arte (Foto: arte g1)

Ao ingressarem no mercado, já com o brevê para operar comercialmente, esses profissionais passam por treinamentos na aeronave em que irão atuar. São contratados como copilotos, com salário mensal de R$ 6 mil a R$ 10 mil. Já a remuneração de um piloto, que é o comandante da aeronave, varia de R$ 12 mil a R$ 25 mil. Algumas empresas pagam mais, dependendo da aeronave e da especialização necessária.

“Tenho ciência de empresas aéreas que cancelaram voos em junho porque não tinha piloto. Outra empresa teve que esperar o copiloto desembarcar de uma ponte-aérea para assumir outro voo. Em abril, a Anac disse que a demanda cresceu 31% no país. O que vemos é que a aviação cresce em uma velocidade enorme e o governo não está conseguindo manter as condições de infraestrutura para isso”, afirma Reis.

Para o comandante Ronaldo Jenkins, ex-piloto comercial e da Força Aérea Brasileira e hoje diretor do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), a alternativa seria o mercado absorver mais rapidamente os militares. “Na maioria dos países, as Forças Armadas liberam os pilotos para o mercado após 3,5 anos de formação. Isso acontece nos EUA, na Inglaterra. O custo de formação de um piloto é muito caro e muitas famílias não têm como pagar. Egressos da Aeronáutica podem absorver esta escassez”, acredita. No Brasil, a prática é o prosseguimento de um carreira militar mais longa, de até 3 décadas.

Militares e 'importação'
Pilotos e instrutores dizem que companhias estão contratando ex-militares e também chegaram a “importar” recentemente brasileiros que foram voar no exterior, principalmente por companhias do Oriente Médio e Ásia, promovendo-os. “Um copiloto que voava na Catar Airlines ou na Emirates ganhando R$ 9 mil veio ser comandante na Azul por R$ 13 mil. A variação é pequena, mas há mais projeção a longo prazo na carreira”, disse ao G1 um piloto que voou no Brasil e no exterior.

aviacao pilotos arte (Foto: arte g1)

Tanto a Passaredo quanto a Azul confirmaram a contratação recente de ex-militares da FAB e a "repatriação" de brasileiros que voavam no exterior. "A Passaredo contratou pilotos brasileiros que estavam voando em outros países, e alguns ex-FAB, pois houve a necessidade de se encontrar pilotos com estas experiências", disse o diretor de operações da empresa, comandante Paulo Penteado.

De janeiro a maio a Passaredo já contratou mais pilotos e copilotos do que o total de 2009 e metade de 2010. A previsão é de que as contratações dobrem em 2012.

O comandante Álvaro Neto, diretor de operações de voo da Azul, confirma que "já há grande demanda para pilotos comerciais, que deverá ser crescente nos próximos anos". "Temos contratado alguns pilotos oriundos da Força Aérea para voarem na empresa, pois entendemos que estes pilotos possuem uma excelente formação básica teórica e prática", diz.

A Azul tem hoje 492 pilotos de Embraer 190 e 195 e outros 80 para as aeronave ATR. Entre 2011 e 2015, a companhia prevê contratar, anualmente, 250 novos pilotos, conforme o diretor de recursos humanos da empresa, Johannes Castellano.

Diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas, o comandante Carlos Camacho acredita que os brasileiros voando no exterior hoje são mais de 650. "É um pessoal tecnicamente muito bem preparado e ganhando bem e mais experiência a cada dia. São uma enorme reserva técnica para o Brasil", acredita.

“Faltar piloto no país, pode não faltar. Mas a indústria de transporte cresce muito e se o mercado não se preparar quanto à formação de mão de obra especializada, terá problemas”, afirma.

Dificuldades de contratação
As duas maiores companhias nacionais preveem novas contratações, mas as exigências são altas – experiência de entre 1,5 mil a 6 mil horas de voo. A TAM, a curto prazo, diz não ver problemas de falta de tripulação, mas acredita que “com o aquecimento da economia e a chegada de novas empresas aéreas, poderá ficar mais difícil encontrar pilotos com a experiência necessária no Brasil”.

Formação de pilotos
LicençaRequisitosExperiência
1- Piloto PrivadoPrimeiro passo para quem quer ser piloto. Exige-se mínimo de 18 anos e ter concluído o ensino fundamental. Quando o aluno conclui a parte teórica, está habilitado para a parte prática.Aluno tem que ter 40 horas de voo, sendo 5 em voo de navegação solo.
2- Piloto ComercialLicença exigida para trabalhar como piloto. Precisa ter a licença de piloto privadoAluno tem que ter 200 horas como piloto de avião ou 150 horas, se forem feitas em curso.
3- Piloto de linha aéreaTer 21 anos completos e ter a licença de piloto comercial.O solicitante deve ter no mínimo 1.500 horas de voo como piloto de avião.
Fonte: Anac

“Entendemos que a Anac está sensível a essa questão e em breve o governo deverá anunciar medidas de incentivo à formação de novos profissionais”, diz a companhia, que tem mais de 2.293 pilotos e deve contratar mais 550 tripulantes em 2011.

A Gol, que possui 873 comandantes e 1.117 copilotos, contratou só em 2010 mais 394 copilotos. “Para os próximos anos, o número mudará de acordo com o crescimento projetado da empresa, em função da chegada de novas aeronaves e aumento previsto da frota operacional”, afirma Adalberto Bogsan, vice-presidente técnico da Gol.

As outras companhias aéreas foram procuradas pelo G1, mas não responderam aos questionamentos até o fechamento desta reportagem.

Segundo a Anac, há 123 aeroclubes, 117 escolas e 23 universidades de aviação no país. A agência não acredita que não haverá falta de pilotos futuramente e criou projeto de bolsas de estudo em parceria com aeroclubes em que subsidia a formação.

No início deste ano, o número de pedidos de brevês triplicou em relação ao ano passado: de 900 processos registrados mensalmente no fim de 2010, para 3 mil por mês.

Estrangeiros no país
Todos os pilotos e especialistas na área ouvidos pelo G1 são contra a atuação de pilotos estrangeiros no país. Hoje, isso é proibido pelo Código Brasileiro de Aeronáutica, que autoriza apenas o emprego de tripulantes estrangeiros em caráter provisório, na falta de brasileiros, ou de instrutores por até 6 meses.

Desde 2009, tramita na Câmara o projeto de lei 6.716, que pretende alterar isso, autorizando a contratação de tripulantes estrangeiros por até 5 anos.

“O país tem condições de suprir a mão de obra, subsidiando a formação. Algumas empresas estão fazendo lobby no Congresso para poder contratar pilotos de fora, do Mercosul ou da África. Mas não precisa importar estrangeiro, isso pode destruir o mercado nacional”, afirma Marcus Silva Reis, presidente do conselho nacional de escolas de aviação.