O presidente da empresa de aviação de baixo custo Ryanair, Michael O'Leary, conhecido por seus métodos polêmicos de redução de gastos, insinuou nesta terça-feira que os copilotos deveriam dar uma "mãozinha" para os comissários de bordo, conforme divulgou o Il Sole 24 ore.
Para ele, ter dois pilotos na cabine fazia sentido nos anos 1950. Hoje, disse ele, sentam em seus assentos, apertam alguns botões e nada mais fazem. Assim, segundo ele, os copilotos poderiam ajudar a servir uma bebida ou vender sanduíches aos passageiros, informou o jornal italiano.
O executivo teria afirmado não entender o porquê de manter dois pilotos em um voo de duas horas, já que eles passariam o tempo todo lendo jornal.
Não satisfeito, O'Lery ainda disse que não há grande necessidade de os passageiros irem ao banheiro durante o vôo, porque a maioria das rotas da empresa é de percurso curto, noticiou o Il Sole 24 ore.
Segundo ele, um banheiro a menos significa mais assentos disponíveis e uma redução de cerca de 5% na tarifa. O'Leary afirmou que pode vir a cobrar pelo uso do banheiro, tudo em nome da redução do custo dos bilhetes, declarou em Roma, conforme informou o Il Sole 24 ore.
Substituição
Em resposta ao presidente da Ryanair, que na semana passada havia proposto a extinção dos copilotos, o piloto Morgan Fischer responsável pelo treinamento de novos profissionais na companhia escreveu ao Financial Timesnessa segunda propondo a substituição de O'Leary por um comissário de voo em treinamento. Segundo ele, em nota, a empresa pouparia milhões em salário, benefícios e ações.
Com informações da EFE
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| O'Leary com maquete de um de seus aviões, em Roma. |
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