Waldez Ludwig

domingo, 11 de abril de 2010

Embraer considera abrir nova disputa com Bombardier


O governo brasileiro a e Embraer consideram abrir uma nova disputa contra o Canadá, diante dos anúncios de que a Bombardier receberá subsídios (benefícios governamentais) para lançar sua nova série de aviões, competindo com a empresa brasileira, a americana Boeing e a europeia Airbus em um mercado mundial já afetado pela crise financeira.

A Embraer entrou em fevereiro com uma queixa contra a União Europeia, em Bruxelas, por estar ajudando de forma ilegal na construção do jato da Bombardier. Agora, a empresa confirma que está em discussão com o governo para decidir quais serão os próximos passos da disputa.

A empresa canadense espera colocar no mercado, em três anos, sua nova série de jatos, com maior capacidade - 130 lugares. A companhia garante já estar negociando com 60 empresas de todo o mundo e que a Lufthansa - segunda maior empresa aérea da Alemanha - já teria comprado 30.

Na diplomacia brasileira, a movimentação da Bombardier está sendo cuidadosamente analisada. Políticos canadenses têm sido claros em anunciar que a produção dos novos modelos terá a ajuda financeira do governo.

O projeto de um novo avião custaria cerca de US$ 3,4 bilhões (o equivalente a R$ 6 bilhões), dos quais o governo canadense já prometeu, há dois anos, cerca de US$ 328 milhões (R$ 581,5 milhões), além de mais de US$ 298 milhões (R$ 528,3 milhões) do governo britânico, já que parte da produção ocorreria no Reino Unido. Foi isso que levou a Embraer a apresentar a queixa. A preocupação é de que um novo pacote esteja sendo usado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Embraer e Bombardier vivem em conflito pelo domínio do mercado há décadas. Essa não é a primeira vez que o Brasil questiona os subsídios do governo canadense à Bombardier.

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